Como é a anestesia utilizada na cirurgia de varizes?

Ainda que seja um procedimento relativamente simples, é bastante comum pacientes demonstrarem certo receio quando são orientados a realizar a cirurgia de varizes. A razão para tal temor, no entanto, não é a cirurgia em si, mas uma possível complicação anestésica.

É pensando nisso que elaboramos este artigo para desmitificar os medos acerca da anestesia na cirurgia vascular, além de esclarecermos outras dúvidas que permeiam o assunto. Acompanhe!

A importância do médico anestesista

A anestesia para a cirurgia de varizes é aplicada pelo médico anestesista, profissional responsável pela avaliação das condições clínicas do indivíduo, orientação dos preparos, planejamento da técnica mais segura e apropriada, além de esclarecer as dúvidas dos pacientes.

Também é o anestesista que faz o monitoramento dos sinais vitais, tais como temperatura, pressão arterial, batimentos cardíacos, nível de consciência e condições clínicas em geral, durante toda a cirurgia. Em casos de qualquer alteração, é ele quem atua para regularizar os parâmetros, mantendo o indivíduo anestesiado e seguro. Durante as anestesias regionais (raqui anestesia), ele permanece todo o período da cirurgia ao lado do paciente, conversando, orientando e esclarecendo qualquer dúvida ou queixa que possam surgir.

Em casos de anestesia local, o próprio médico cirurgião realiza a anestesia e o procedimento.

A avaliação determina que tipo de anestesia será aplicado no paciente

Provavelmente você já ouviu em alguma conversa alguém opinar dizendo que, caso fosse submetido a uma cirurgia, optaria pela anestesia geral, para evitar qualquer tipo de nervosismo e despertar apenas ao final do procedimento.

Acontece que não é o paciente quem escolhe o tipo de anestesia que vai receber. Durante a avaliação do médico anestesista, ele leva em consideração se a pessoa é portadora de alguma doença, uso de medicações, hábitos (tabagismo, alcoolismo, drogas), anatomia do local a ser realizado a anestesia, duração do procedimento, localização do ato operatório, condições clínicas, entre outras. Isso porque todos estes fatores são essenciais para determinar qual anestesia a mais apropriada e segura.

Contudo, na cirurgia de varizes, o tipo de anestesia a ser aplicado é decidido não só pelo médico anestesista, mas também pelo cirurgião e o próprio paciente.
Ainda que cada caso se diferencie do outro, vale ressaltar que, de modo geral, na secagem de vasinhos não se faz necessária a aplicação de anestésico. Já para vasos e varizes maiores ou em proporções mais numerosas, as técnicas escolhidas variam entre anestesia local ou regional.

Tipos de anestesias

As anestesias se dividem em três categorias. São elas:
– Anestesia geral: anestesia recomendada para procedimentos cirúrgicos mais complexos, bloqueando não só a dor como a memória do paciente.
– Anestesia local: procedimento mais comum, utilizado na incisão ou corte cirúrgico.
– Anestesia regional (peridural e raquidiana): anestésico que bloqueia regiões maiores do corpo, como por exemplo, os braços ou membros inferiores.

Raquianestesia : a anestesia popular nas cirurgias de varizes

Entre as opções de anestesia, a mais indicada pelos médicos para a realização da cirurgia de varizes é a raquidiana.

Também conhecida como raqui, trata-se de uma injeção aplicada na medula espinhal que bloqueia a sensibilidade dos membros inferiores, proporcionando a paralisia dos movimentos.

Somente com a raqui, o paciente permanece acordado e consciente, porém, se não houver contra-indicação e o paciente desejar, poder-se associar medicações para o paciente dormir, relaxar e não lembrar do procedimento. Outra característica importante deste tipo de anestesia é que ela facilita a realização do procedimento cirúrgico, visto que promove a dilatação dos vasos.

Uma das principais preocupações dos pacientes em relação ao raqui está nos efeitos colaterais, mais especificamente as dores de cabeça. A boa notícia é que ela afeta menos de 1% dos pacientes, podendo ser tratada com analgésicos e ingestão de água.

Como funciona a recuperação pós-anestésica?

Independentemente do tipo de anestesia utilizada na cirurgia de varizes do paciente, ele é levado à sala de recuperação. Enquanto estiver na sala, é monitorado por médicos e enfermeiros até despertar e apresentar início da recuperação dos movimentos das pernas.
Entretanto, o indivíduo recém-operado só recebe alta do anestesista quando ele não está apresentando nenhum efeito colateral, como dores e enjoos. Normalmente, a alta acontece no mesmo dia da cirurgia, mas isso dependerá da recuperação do paciente.

O pós-operatório da cirurgia de varizes

Assim como o tipo de anestesia utilizado na cirurgia de varizes, o pós-operatório também irá depender da técnica empregada na intervenção.

Entre algumas das recomendações médicas estão o repouso – que pode variar entre dois a sete dias, dependendo do tipo de cirurgia – e o uso de meias compressivas. Vale destacar que o paciente também deve aguardar um determinado período para retomar a prática de atividades físicas. Todas as orientações são fornecidas pelo médico nas consultas pré-operatórias e um impresso com todos os cuidados é entregue no dia da sua alta hospitalar.

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Cirurgia de Varizes: Saiba em quais casos ela é indicada

Grande parte da população de nosso país sofre com varizes. Segundo estatísticas do Ministério da Previdência Social, só em 2017 foram oferecidos mais de 33 mil benefícios a pessoas que se afastaram de seus trabalhos em decorrência dos sintomas das varizes.

Saiba mais sobre o problema

As varizes são veias “doentes”. Essas veias se tornam aparentes sob a pele e são incapazes de contribuir adequadamente para o retorno venoso. Causam incômodo estético e sintomas, como a dor, sensação de cansaço, inchaço, coceira e formigamento nas áreas afetadas. Se não tratadas, essas veias podem até causar úlceras.

Múltiplas são as causas, porém o fator familiar (genético) e hormonal são as principais. Existem varizes causadas também como consequência de outras doenças, como é o caso de quem já teve trombose.

Como tratar

Com a tecnologia que evolui cada vez mais, hoje em dia é possível obter tratamento para tal problema. Muitas vezes, a solução mais indicada será a cirurgia, pois varizes são progressivas, não apresentando melhora espontânea.

Quando as veias não são muito calorosas, apresentam sintomas leves, sem inchaço ou manchas, pode-se tentar o tratamento com medicações e meia compressiva. O acompanhamento é sempre necessário.

Já para os casos mais graves, onde a paciente apresenta este risco maior de hemorragia ou formação de úlceras, dores fortes e veias grossas, visíveis, será necessária a cirurgia.

A procura do médico angiologista ou cirurgião vascular é sempre fundamental desde o início dos sintomas, podendo assim tentar evitar a progressão da doença e suas complicações.

Outras informações importantes

Quando existe a recomendação cirúrgica, podem surgir várias dúvidas, como qual será o procedimento ou se existe algum risco mais grave proveniente da cirurgia.

Bom saber que existem diferentes tipos de cirurgias, sendo que o cirurgião vascular indicará a mais adequada para cada caso.

A mais conhecida intervenção cirúrgica para estes casos é a convencional, onde as veias doentes são removidas por pequenos cortes na pele. As veias doentes removidas não causaram prejuízo para a circulação, uma vez que as veias saudáveis que restauram cumprirão o papel de maneira satisfatória.

Existem ainda outras opções de cirurgia: laser ou radiofrequência. Não retiram as veias, apenas tratam as mesmas através de liberação de energia dentro da veia.

O mais importante sempre é buscar o tratamento para resolver o problema e evitar maiores complicações futuras. É vital também contar com profissionais confiáveis. Então, fique à vontade para entrar em contato.

Angiologista X Cirurgião Vascular: Qual a diferença entre os dois?

Cuidar da saúde do sistema circulatório é muito importante para manter a qualidade de vida e, para isso, conhecimento é uma peça-chave. Hoje, vamos desvendar um mito muito comum nesse segmento: angiologista e cirurgião vascular são a mesma coisa? A resposta é não e você está prestes a entender as diferenças entre esses dois profissionais e saber qual é o mais adequado para lhe ajudar.

Mudança recente

Muita gente faz essa confusão achando que as duas profissões são a mesma coisa, porque houve um tempo em que elas realmente eram. Foi apenas em 2006 que as duas especialidades foram separadas, para atender à necessidade de especificar melhor os conhecimentos e o atendimento em cada uma delas.

O que é um angiologista?

É o médico especializado em pesquisar, prevenir e diagnosticar as doenças vasculares, aquelas que acometem os vasos e artérias. Os principais exemplos são: varizes, arteriosclerose, trombose e outras.

Para se tornar um angiologista, o profissional precisa ser formado em medicina e fazer uma especialização na área de angiologia.

O que é um cirurgião vascular?

Também é um médico que se dedica ao estudo e tratamento de doenças vasculares, mas com foco em intervenção cirúrgica para recuperar o paciente. Essa operação pode ser convencional ou realizada por dentro do vaso sanguíneo em questão. As varizes e aneurismas estão entre as doenças que podem ser tratadas por esse cirurgião.

Qual é a diferença entre eles, afinal?

A diferença básica entre esses dois médicos está na abordagem do tratamento de cada um deles. O angiologista e o cirurgião vascular atuam fortemente na prevenção de doenças vasculares e no tratamento por meio de medicamentos e mudanças nos hábitos de vida, como a prática regular de atividades físicas e adoção de uma alimentação saudável. Eles orientam o paciente e acompanham para ver se há traços de evolução no quadro ou não.

Porém, além disso, o foco do cirurgião vascular, como o próprio nome indica, é também a realização de cirurgias para correção das alterações vasculares presentes.

Profissões complementares

As atuações do angiologista e do cirurgião vascular se complementam. Por exemplo, um paciente pode procurar o angiologista para ser orientado sobre como prevenir o aparecimento de varizes ou tratar alguma que esteja começando a se formar. Ele vai seguir o tratamento recomendado, mas pode chegar um momento em que seja necessária a intervenção cirúrgica. Então, cabe ao angiologista encaminhar essa pessoa para um cirurgião.

O contrário também pode acontecer: o paciente pode procurar diretamente o cirurgião e ele observar que aquele caso não necessita de uma operação, optando por encaminhá-lo ao angiologista.

Qual profissional procurar?

Ao perceber algum sinal de problema vascular, você pode procurar tanto o angiologista como o cirurgião vascular, para ter um diagnóstico preciso e verificar se a doença pode ser tratada sem a cirurgia, que acaba sendo mais invasiva. Se for necessário tratamento cirúrgico, o cirurgião que conduzirá o caso.

Deixe a sua saúde nas mãos de quem entende: nossa clínica tem uma estrutura completa para cuidar do seu sistema circulatório. Entre em contato conosco e agende uma consulta.

Tratamento das varizes: Como escolher o ideal para você?

As chamadas varizes são veias normais que adquirem um aspecto tortuoso e dilatado. Além da questão estética, elas podem ficar dolorosas, causar desconforto, edema, manchas e até feridas. Quaisquer veias podem sofrer com o problema, embora ele seja mais comum nos vasos sanguíneos das pernas e pés, principalmente por um efeito da gravidade.

Felizmente, existem várias opções de tratamento para varizes. Veja quais são e saiba escolher o ideal para você.

Cirurgia tradicional

Esta é o procedimento clássico e mais antigo. Para as varizes, realizam microincisões na pele, por onde, através de pequenos ganchos, retira-se as veias doentes. Caso a veia doente seja a safena, tradicionalmente, realiza-se uma incisão na virilha e próxima ao tornozelo. Identifica-se a veia doente em ambos os locais, introduz uma haste metálica de baixo para cima. Fixa a veia à haste e a retira por inteiro. Cirurgia mais antiga, apresenta mais sangramento e hematoma do que outras técnicas mais moderna (laser, radiofrequência,etc), necessitando mais tempo de repouso no pós operatório. Ainda assim é a cirurgia mais realizada para este fim.

Uso de cremes e loções

O mercado de cosméticos oferece diversas opções de produtos que prometem tratar as varizes. No entanto, as veias não vão desaparecer com o uso de cremes e pomadas, o que essas fórmulas fazem é combater os sintomas, reduzindo as dores e o desconforto do paciente.

Radiofrequência

Procedimento cirúrgico, mais utilizado para tratamento de alterações das veias safenas. Consiste em puncionar a veia com auxílio de ultrassom, introdução da fibra de radiofrequência dentro da veia, desde o segmento de perna à região da virilha. Realiza-se a “queimadura”da veia através da radiofrequência. Este método não retira a veia, portanto sangra menos, menos dor no pós operatório e retorno precoce ao trabalho, com a mesma eficácia que a cirurgia tradicional.

Escleroterapia com espuma

Recomendada para varizes que tenham no máximo 4 mm de diâmetro, a escleroterapia com espuma consiste na aplicação de um composto de polidocanol com ar (que forma uma espuma) dentro do vaso sanguíneo. Esse vaso será fechado, bloqueando a circulação de sangue e tornando-o invisível a olho nu. Tem mais riscos de manchar a pele, sendo reservado para pacientes que apresentam sintomas importantes e pouca preocupação estética (pacientes que já apresentam manchas).

Escleroterapia com glicose

É um procedimento muito semelhante ao anterior, mas ao invés do polidocanol, é injetada uma solução de glicose. O resultado é similar: a glicose desencadeia um processo inflamatório que faz com que as paredes do vaso se fundam, impedindo a passagem de sangue. A veia fecha e não causa mais dores, além de deixar de ser visível sob a pele. Mais indicado nos casos de veias bem finas (vasinhos – telangiectasias).

Escleroterapia a laser

Neste caso, não é injetado nada. O aparelho a laser é colocado sobre a pele e a energia luminosa que ele emite é que desencadeia a reação inflamatória no vaso sanguíneo em questão. A partir do momento em que a veia é aquecida, acontece praticamente o mesmo das outras formas de escleroterapia. A grande vantagem é que não utiliza agulhas e tem ótimos resultados em vasinhos mais calibrosos e varizes finas (veias reticulares). Muito utilizada em associação com a escleroterapia com glicose e espuma.

A quantidade de sessões de escleroterapia, independentemente do tipo escolhido, depende de cada caso.

Apenas o profissional angiologista pode determinar com precisão qual dos tratamentos para varizes é o mais adequado, levando em consideração a individualidade de cada paciente. Por isso, se você tem varizes ou suspeita, entre em contato conosco para receber o melhor diagnóstico e o tratamento adequado.